quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PRATICANDO A FÉ




No verão de 1983/1984, eu estava me preparando com afinco para o concurso público que me proporcionaria uma vaga para exercer o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Estado do Espírito Santo, que na época era chamado de Fiscal de Rendas.
O meu objetivo, naturalmente, era levar muito a sério aquele concurso, razão pela qual adotei uma rigorosa jornada de estudo.
Trabalhava meio expediente, de 12 às 18 horas, no Cartório do 3º Ofício de Itapemirim – ES, do saudoso Waldir Alves, o que significava manhãs livres para por em prática o meu plano de estudo. Assim, reservei o período entre 08 e 11 horas para tal finalidade.
Como, naqueles dias, eu acabara de ler um livro com o título de “Otimismo em gotas” cujo teor é uma coletânea de pensamentos e mensagens positivas animadoras, com o objetivo de reforçar a nossa confiança de que “se queremos, podemos”, eu adotei um lema baseado naqueles conselhos de auto-ajuda. Na minha ignorância ou ingenuidade, todos os dias, antes do começar os estudos, eu escrevia num pedaço de papel: “Eu vou passar nesse concurso”.
No início de 1984, fiz a prova e, no mês de abril do mesmo ano, veio o resultado, onde fui aprovado.
Que maravilha! Comecei a proclamar: - Deu certo. Agora em todos os meus projetos, escreverei: “vou conseguir”. E vou passar a receita para os amigos.
Evidentemente, não estou negando que devamos deixar de ser otimistas. O pessimismo, por si só, já é o início da derrota. Mas o que eu quero ressaltar, quando relato esse fato, é que, até então, eu ignorava algo que esclareceria o que realmente estava por trás do meu êxito, além da minha dedicação aos estudos. Afinal, quem quer ser abençoado por Deus, precisa fazer a sua parte.
Durante os, aproximadamente, dois meses de intenso estudo, a minha querida sogra Elisete e meu sogro Adalberto, servos de Deus, punham-se de joelhos, em oração, todas as madrugas, transformando sua cama num verdadeiro altar de adoração e seu quarto num santuário, para falar com Deus, intercedendo por mim. E eu achando que o meu pensamento positivo funcionara. Esse fato não só fez fortalecer minha fé no Altíssimo Criador, mas, principalmente, começou a fluir em mim um desejo maior de buscar Aquele Deus no qual os pais da minha esposa confiavam tanto, e que eu, infelizmente, não privava, pra valer, ainda, de Sua intimidade.
Eu comecei a me interessar mais pela Palavra de Deus, da qual, outrora, eu era, digamos, apenas um simpatizante, e, nela, encontrei uns versículos bastante elucidativos, os quais, entre muitos outros, passaram a influenciar o meu dia-a-dia, ao invés dos livros de auto-ajuda. Vejamos Tiago 05: 16b a 18: “(...) a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto”
Diz ainda a Palavra Sagrada, em I Tessalonicenses 5:17: “Orai sem cessar’.
Depois que aprendi isso, não há problemas, lutas, desafios que me façam esmorecer, porque nada, ninguém, nenhum poder terreno pode superar o poder do Altíssimo. Diante de Deus, os poderosos de plantão se tornam um nada; as lutas, os desafios são problemas vencidos. Basta tão somente ouvirmos com atenção a voz do Criador, seguindo os seus preceitos e passando a viver em constante prática de oração, para que possamos usufruir da mais doce Justiça e do mais Sublime Amor. O Amor de Deus. Hoje é essa receita que passo a todos que se interessem.

Pb Altamiro Leal
Ministro de Educação Religiosa

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